Confiança da Construção acumula perda de 4,7 pontos em 2019, diz FGV
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
Em maio, ICST caiu 1,8 ponto em relação à abril e chegou ao menor nível desde setembro de 2018. Resultado foi impactado pela queda do índice de expectativas dos empresários

Índice de Expectativas caiu 3 pontos em maio, a maior queda na margem desde agosto do ano passado, quando o índice recuou 3,2 pontos (Créditos: JorgeWoll./ Agência de Notícias Paraná)
30/05/2019 | 09:23 - O Índice de Confiança da Construção (ICST), da Fundação Getulio Vargas (FGV), teve queda de 1,8 ponto em maio com relação ao mês de abril, alcançando 80,7 pontos, menor nível desde setembro do ano passado (80,4 pontos). Com o recuo apontado em maio, o índice permanece sem registrar alta no ano, acumulando perda de 4,7 pontos nos cinco primeiros meses de 2019.
Segundo Ana Maria Castelo, pesquisadora da FGV, “a conjunção de baixo crescimento, contingenciamento de recursos orçamentários com aumento das incertezas desanimou os empresários da Construção. A percepção vigente na virada do ano, de que havia uma melhora lenta mas contínua no ambiente de negócios, dá lugar a um pessimismo, cada vez mais disseminado entre os segmentos do setor. Em maio, o aumento do pessimismo afetou especialmente a área de edificações residenciais e de obras viárias”.
O Índice da Situação Atual, que apura a confiança do empresário da construção no momento presente, caiu 0,6 ponto e chegou a 72,4 pontos. O indicador foi impactado pela menor satisfação com a situação atual dos negócios, que recuou 1,4 ponto, retornando ao nível próximo de setembro de 2018 (74,1 pontos).
O Índice de Expectativas, que mede a confiança do empresário da construção para os próximos meses, caiu 3 pontos, alcançando 89,4 pontos. Esta é a maior queda na margem desde agosto do ano passado, quando o índice recuou 3,2 pontos. O resultado de maio foi influenciado pelo indicador de demanda prevista, com queda de -2,7 pontos, chegando a 89,4 pontos, e pelo indicador de tendência dos negócios, que teve queda de 3,3 pontos, para 89,5 pontos.
Já o Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) ficou próximo a estabilidade, com alta de 0,1% ponto percentual, para 66,3% em maio, atingindo 67%.

