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CNI prevê crescimento de 1,2% na economia em 2022

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Entidade conta com a normalização dos setores conforme o progresso da recuperação da pandemia

CNI Economia pandemia
A expectativa é de avanços na economia brasileira e no PIB, que se mantém em crescimento mesmo em cenário negativo (Foto: Osorio Artist/Shutterstock)

16/12/2021 | 15:00 – A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou suas projeções para o ano de 2022 no Brasil, e a previsão é de crescimento. Contando com a recuperação parcial de adversidades como a inflação, as questões acerca de empregos e a normalização das cadeias globais de valor a partir do segundo semestre do ano, a expectativa é que haja avanço de 1,2% na economia brasileira. 

A análise está no documento Economia Brasileira: 2021-2022, divulgado ontem (15), em Brasília, e que pode ser acessado ao clicar aqui. Ele também fala sobre as possíveis perspectivas para o PIB brasileiro (o Produto Interno Bruto, que consiste na soma dos bens e serviços produzidos no país), projetando dois possíveis cenários: um positivo e um negativo. No positivo, a previsão é de expansão em 1,8%. No negativo, a previsão é de crescimento de 0,3%, apenas.

Em qualquer circunstância, a CNI prevê uma série de benefícios, conforme a normalização de algumas demandas se torne mais próxima da realidade: de serviços prestados à família a setores industriais ligados a investimentos, como a cadeia da construção civil e de bens de capital. Ainda assim, as circunstâncias requerem cautela — apesar da expansão do PIB deste ano reverter a queda de 4,1% em 2020, as adversidades não foram, necessariamente, solucionadas. “Há perda de ritmo da atividade econômica e as perspectivas para o próximo ano não são muito animadoras”, explicou a entidade.

Além do perigo iminente de um possível retrocesso acerca da pandemia, como tem acontecido atualmente na Europa, a CNI ainda teme as incertezas acerca do futuro brasileiro, com destaque para a inflação em alta, o desemprego, a escassez de insumos e o endividamento das famílias no país.

Quando a análise parte para a Indústria da Transformação, por sua vez, a CNI propôs um quadro ainda mais esperançoso. A estimativa é de um aumento gradual do emprego em 2022, que deve proporcionar maior poder de compra às famílias por conta de dois fatores principais: o declínio da inflação e o Auxílio Brasil (programa de transferência direta e indireta de renda, destinado às famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza no Brasil). Para complementar, a regularização nas cadeias de suprimentos também indica um bom presságio para o setor.

O prenúncio da desvalorização do real também consta como um cenário positivo para a indústria brasileira, incentivando a exportação e substituição de importações no mercado doméstico. Para a CNI, a taxa de câmbio terminará o ano de 2022 na faixa dos R$ 5,60, assim como em 2021, e a indústria da transformação crescerá 0,5% no período.

“Para 2022, a normalização do fornecimento de insumos e matérias-primas e a taxa de câmbio real, ainda bastante desvalorizada, darão fôlego às exportações brasileiras e estimularão um processo de substituição de importações. A CNI projeta que as exportações alcancem US$ 280 bilhões ano que vem, patamar um pouco superior ao de 2021”, ressalta a Confederação.

Inflação e emprego

Para 2022, apesar do Conselho Monetário Nacional (CMN) ter estabelecido meta de 3,5% para a inflação — com margem de tolerância de 1,5% para cima ou para baixo —, a CNI espera uma inflação de 5%, próxima ao teto da meta estabelecida. A expectativa é de que, apesar de manter a taxa básica de juros e o desemprego elevados — além das despesas do governo federal permanecerem em queda —, a atividade econômica do próximo ano seja moderada e os preços dos combustíveis se mantenham estáveis, desacelerando a inflação. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o verdadeiro indicador da inflação no cotidiano brasileiro, deve desacelerar em 2022.

Em resposta à queda da inflação, a quantidade de pessoas ocupadas continuará crescendo também, favorecendo a recuperação da massa de renda real a partir do segundo semestre. “Para 2022, espera-se continuidade na recuperação do consumo e do emprego nos serviços prestados às famílias, como transporte, alojamento e alimentação, associado ao aumento da circulação de pessoas”, especulou a CNI.

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