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Caixa aumentará prazo de financiamento do Casa Verde e Amarela para 35 anos

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Atualmente, o prazo para esse tipo de operação é de 30 anos. A iniciativa será oficializada no dia 1º de setembro

imagem aérea de um lote com marcações de terreno
O prazo de financiamento de 35 anos já é uma realidade em outros programas do banco, que não são habitacionais e que utilizam recursos da caderneta de poupança (Foto: DifferR/Shutterstock)

25/08/2022 | 12:50 – Segundo anúncio realizado pelo diretor executivo de Habitação da Caixa Econômica Federal, Rodrigo Wermelinger, o prazo de financiamento da linha de crédito “Casa Verde e Amarela” irá aumentar de 30 para 35 anos. O comunicado do diretor foi um pré-anuncio, já que a proposta será oficializada somente no dia 1º de setembro.

"A medida vai ajudar a colocar mais gente para dentro desse mercado", comentou Wermelinger, em um debate sobre habitação popular, promovido pelo Sindicato de Habitação do Estado de São Paulo (Secovi-SP). Espera-se que a medida provisória, que formalizará a iniciativa, seja publicada ainda hoje (25).

O prazo de financiamento de 35 anos já é uma realidade em outros programas do banco, que não são habitacionais e que utilizam recursos da caderneta de poupança. A proposta foi incorporada ao segmento, principalmente em via da utilização de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que é um dos principais destinos do fundo. Além disso, a iniciativa tem sido bastante aguardada por empresários do setor da construção, que, com o aumento no prazo do pagamento pelos contratantes, conta com um aumento no volume de novos contratos fechados.

Os especialistas afirmaram, também, que a disparada nos custos da construção foi um fator determinante para a elaboração da iniciativa. Isso porque, com os custos aumentando, as contas não fechavam e os lançamentos de projetos começaram a cair. Diante desse cenário, tanto os empresários quanto o governo federal se articularam para encontrar maneiras, junto ao conselho do FGTS, de aumentar subsídios à população atendida pelo CVA, reduzir taxas de juros e ampliar a faixa de renda dos beneficiários.

Wermelinger disse não esperar grandes dificuldades operacionais com o prazo ampliado nas linhas do FGTS. "A nossa carteira de crédito imobiliário é paga pelos clientes em dez anos, em média. Sempre que ganham o décimo terceiro ou um dinheiro extra, procuram amortizar", contou.

Na média, a inadimplência na carteira habitacional é inferior a 2%. A Caixa hoje responde por 99,9% dos empréstimos com recursos do FGTS. Até 2014, a sua participação era de 80%, ficando a fatia restante com o Banco do Brasil, que foi saindo aos poucos do ramo. De janeiro a julho, as contratações da Caixa no segmento atingiram R$ 34,8 bilhões.

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