BNDES fará primeira operação para Internet das Coisas em Campinas

Iniciativa viabilizará a realização de experimentos de IoT nas áreas de segurança e iluminação pública. Objetivo é estimular o uso da tecnologia em outras cidades

27/11/2019 | 17:08 - O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aprovou a primeira operação para o projeto-piloto de Internet das Coisas (IoT) a ser implementada em ambiente urbano. Conduzida pela Fundação CPqD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações), a iniciativa será realizada na cidade de Campinas (SP) e viabilizará a realização de experimentos de IoT nas áreas de segurança e iluminação pública.

O objetivo é que os projetos garantam o aumento da segurança, a redução de gastos com energia e a ampliação na oferta de serviços prestados no município, estimulando o uso das tecnologias em outras cidades com características semelhantes.

A implantação dos projetos engloba a realização dos testes de uso e divulgação das iniciativas, fomento à cadeia de soluções de IoT, além da criação de um centro de demonstrações, publicação de resultados e promoção de encontros entre startups e potenciais interessados nos serviços. O investimento total será de R$ 9,89 milhões.

Com relação à área de segurança, as ações incluem a adaptação do sistema de videomonitoramento da cidade. Para isso, serão instaladas 22 novas câmeras e implantado um sistema de visão computacional, com o intuito de identificar automaticamente eventuais situações que ameacem a segurança pública.

Será feito, ainda, o videomonitoramento de placas de veículos implementando tecnologia de processamento computacional em 103 pontos. Neste novo modelo – que utiliza câmeras inteligentes para a conversão de imagens em caracteres e transmissão dos dados para a nuvem via rede celular –, somente informações referentes a veículos de interesse especial, como carros roubados, serão enviadas.

Também será realizada a instalação de 100 estações que medirão, em tempo real, as condições climáticas.

Já em relação à área de iluminação pública, será criado um sistema composto por 350 módulos de telegestão, para tornar mais eficiente o uso de recursos energéticos. A solução viabilizará a medição do gasto de energia em cada ponto, garantindo um controle mais efetivo da qualidade do serviço prestado.

Os projetos serão avaliados individualmente, com base nos indicadores econômico-financeiro, socioambiental, de natureza técnica, segurança da informação e interoperabilidade. Todo o trabalho será acompanhado por um comitê composto por membros do BNDES, Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), CPqD e da Fundação Instituto de Administração (FIA). Os resultados serão amplamente divulgados.