As pequenas empresas dos setores de comércio e serviços recuperam confiança
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
Em junho do ano passado, estava em 36,38 pontos e, em maio deste ano, 42,19 pontos
O indicador de confiança das micro e pequenas empresas (MPEs) de varejo e serviços aumentou 18% em junho, sobre junho do ano passado, com melhora tanto nas chamadas condições gerais, em que são avaliados os últimos seis meses, quanto nas expectativas para o próximo semestre. O indicador, calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), atingiu 42,93 pontos, mas ainda segue longe do ponto neutro, de 50 pontos, que separa pessimismo do otimismo. Em junho do ano passado, estava em 36,38 pontos e, em maio deste ano, 42,19 pontos.
Apesar de as projeções apontarem para mais um ano de recessão, o indicador demonstra que os micro e pequenos empresários já nutrem alguma esperança com relação ao futuro da economia e dos seus negócios por causa da expectativa de resolução da crise política, da retomada da agenda econômica e dos primeiros indicadores de estabilização da economia, diz, em nota, a economista chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
O indicador de condições gerais subiu 14,3%, avançando de 20,69 pontos para 23,65 pontos na comparação entre junho e o mesmo mês do ano anterior. A pesquisa mostra que 84,6% consideram que a economia piorou nos últimos seis meses, contra apenas 4,6% que consideram ter havido melhora. Quando a análise se detém sobre a performance de seus negócios, a proporção dos que relatam piora é menor (66,5%), ao passo que a proporção dos que acreditam ter observado melhora é um pouco maior (7,8%). Já o indicador de expectativas subiu 19,2% para 57,39 pontos, com relação ao mesmo mês do ano passado. A marca acima de 50 pontos indica que a maior parte dos empresários espera que a economia melhore nos próximos meses. O mesmo foi observado nas expectativas para os negócios, que atingiram 60,01 pontos.
Confiança em relação ao desempenho da economia nos próximos seis meses foi manifestada por 42% dos entrevistados, enquanto 25,4% mostraram pessimismo. Pela primeira vez o indicador acumulou dois meses seguidos em que o percentual de otimistas é maior do que o de pessimistas. Tratandose dos negócios, o percentual de otimistas passa para 49,8% e, de pessimistas, para 17,5%.

