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Afetada pela pandemia, renda dos trabalhadores caiu 2,2% no 1º trimestre do ano

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Trabalhadores formais de empresas privadas foram os mais afetados pela segunda onda da pandemia de Covid-19

Trabalhadores informais tiveram crescimento de 3,9% da renda efetiva no primeiro trimestre deste ano (Créditos: Orlando Neto/ Shutterstock)

18/06/2021 | 15:08 - Segundo pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), os rendimentos efetivos dos trabalhadores recuaram 2,2% no primeiro trimestre de 2021 face ao mesmo período do ano passado, devido à piora da pandemia de Covid-19 no País. O estudo, que avalia os efeitos da crise sanitária no mercado de trabalho, baseou-se em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Conforme o levantamento, apenas mulheres e trabalhadores com mais de 60 anos não apresentaram queda da renda efetiva. Apesar disso, a análise por tipo de vínculo empregatício aponta que os trabalhadores formais de empresas privadas foram os mais afetados pela segunda onda da pandemia.

Os trabalhadores informais tiveram crescimento de 3,9% da renda efetiva no primeiro trimestre deste ano.

Com relação à massa de rendimentos habituais, a pesquisa aponta que, nos primeiros três meses do ano, houve queda de 6,7%, atingindo R$ 212,5 bilhões, enquanto a massa efetiva alcançou 9,5% na comparação com o ano anterior, alcançando R$ 225,8 bilhões. A proporção de domicílios sem nenhuma renda do trabalho também foi prejudicada pela pandemia e passou de 25% no primeiro trimestre de 2020 para 29,3% no mesmo período de 2021. Isto indica uma lenta recuperação do nível de ocupação entre as famílias de renda mais baixa.

A pesquisa apontou, ainda, que a região Nordeste foi a mais impactada nos rendimentos, no primeiro trimestre, com queda de 7,05% na renda efetiva frente ao mesmo período de 2020. Já o Centro-Oeste apresentou o menor efeito na renda, com queda de 0,84%.

Na avaliação por faixa etária, a mais atingida pela segunda onda foi a dos jovens adultos entre 25 e 39 anos, com recuo de 7,73% dos rendimentos. Em contraposição, a renda dos trabalhadores com 60 anos ou mais subiu 7,06%. A explicação é a alta proporção de trabalhadores por conta própria nessa faixa etária. Quanto à escolaridade, todas as categorias apresentaram recuo nos rendimentos, em especial os trabalhadores que completaram o ensino médio, que tiveram retração de 8,37%.

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