AEClive aborda desafios na gestão de espaços corporativos pós-pandemia
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
Especialistas discutiram quais são os principais cuidados relacionados ao gerenciamento de espaços comerciais e corporativos na retomada das atividades econômicas
31/07/2020 | 11:08 - O Portal AECweb realizou na última terça-feira (28/07) mais uma AEClive, desta vez com o tema “Reabertura das atividades: novos desafios na gestão de espaços comerciais e corporativos”. O evento contou com a presença de Sérgio Athié, sócio-fundador do escritório Athié | Wohnrath, e Thiago Santana, presidente da Abrafac (Associação Brasileira de Facilities).
Os palestrantes abordaram os principais desafios do gerenciamento de espaços comerciais e corporativos na retomada das atividades econômicas e as tendências no período pós-pandemia.
DESAFIOS
Sérgio Athié – Sócio-fundador do escritório Athié | Wohnrath – informou que sua empresa desenvolveu uma cartilha para orientar os clientes sobre as medidas que devem ser seguidas no processo de retorno aos escritórios.
De acordo com ele, uma ação importante é a negociação com o condomínio, no sentido de criar uma interface com todas as empresas do prédio (inquilinos) para estabelecer diferentes procedimentos que possam ser adotadas visando a segurança dos mesmos.
Outra medida importante é relacionada à alimentação, já que em diversas regiões do País existem estabelecimentos que ainda estão fechados. “Nós adotamos um sistema de auto serviço no escritório, que também recomendamos aos clientes. Desta forma, os pratos já vêm pré montados”, disse.
Athié também informou que a preocupação das empresas tem sido consultar a situação individual de cada colaborador para confirmar se o retorno ao escritório é realmente possível no momento.
Tiago Santana, presidente da Abrafac (Associação Brasileira de Facilities), ressaltou que no retorno às atividades será necessário incluir nos protocolos das empresas medidas a serem tomadas visando o combate a uma ameaça do ponto de vista bacteriológico e viral, como o Coronavírus. “Não irá existir uma agenda ou pronunciamento no qual alguém vai falar que a partir de amanhã tudo estará normal. Nós só teremos uma certa normalidade quando tivermos a imunização de rebanho da população, seja por meio de contaminação ou vacina”, complementou.
O profissional explicou, ainda, que as empresas devem entender o comportamento do vírus nos ambientes corporativos. Segundo ele, é importante aprender como o vírus se comporta frente a diferentes superfícies que existem em um ambiente de trabalho, na aglomeração, no contato e proximidade de pessoas, entre outras situações.
TENDÊNCIAS DE ORGANIZAÇÃO DE ESPAÇO
De acordo com Sérgio Athié, muitas empresas não estão capitalizadas para fazerem grandes alterações em seus escritórios, portanto, o ideal é verificar a demanda de cada empresa individualmente.
Ele informou que muitos clientes têm solicitado apoio para analisar o que é possível ser feito dentro de um layout pré-existente.
“Isto é muito mais simples. É só fazer um layout garantindo o isolamento de ao menos 1,5 metro entre cada colaborador. Nossa recomendação é de até 1,8 metro”, informou.
No que diz respeito ao futuro pós-pandemia, Athié comentou que o home office é um caminho sem volta e por conta disso o espaço do escritório se torna ainda mais importante. Para ele, se todos os colaboradores só atuarem de forma remota, a empresa fica incapacitada de transmitir sua cultura e seus propósitos. Sendo assim, a organização do espaço corporativo será essencial para que este se torne mais atrativo aos funcionários.
Com relação aos protocolos corporativos, Tiago Santana informa que os serviços de limpeza deverão ser reforçados, assim como os hábitos de higiene dos funcionários.
“Dos ambientes de uma forma geral, intensificou-se a limpeza das superfícies, principalmente aquelas que entram em contato com as mãos, como corrimãos, móveis, mouses, entre outros”, comentou.
Ele ressaltou, ainda, que a limpeza com água e sabão é mais do que suficiente para eliminar o vírus de qualquer superfície. Portanto, não é necessário inventar novos procedimentos de limpeza, mas sim intensificar os que já são utilizados.


