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Acelerador de elétrons Sirius é inaugurado em Campinas

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Considerado a maior estrutura para pesquisa cientifica do país, conjunto promete viabilizar estudos avançados nas áreas da saúde, agricultura, energia e meio ambiente


Na atual fase de construção, foram finalizadas as obras civis e a edificação que abriga a infraestrutura de pesquisa. Além disso, foram montados dois dos três aceleradores de elétrons (Foto: Divulgação/Projeto Síncroton)

14/11/2018 | 16:37 - O Governo Federal inaugurou a primeira etapa do projeto do acelerador de elétrons Sirius, em Campinas (SP). Considerado o maior empreendimento da ciência brasileira, com 68 mil m² de área construída, o conjunto promete viabilizar pesquisas avançadas nas áreas da saúde, agricultura, energia e meio ambiente.

Na atual fase, foram finalizadas as obras civis e a edificação que abriga a infraestrutura de pesquisa. Além disso, foram montados dois dos três aceleradores de elétrons.

A estrutura do projeto possui altos níveis de padrões de estabilidade mecânica e térmica. Para isso, o piso foi constituído em uma única peça de concreto armado de 90 centímetros de espessura e precisão de nivelamento de menos de 10 milímetros. A temperatura na região dos aceleradores não varia mais que 0,1 °C.

A maioria dos fornecedores do projeto é composta por empresas brasileiras. “Presenciamos um Brasil que avança a passos largos, e passa a integrar o seletíssimo grupo de países que dispõem de um acelerador de elétrons de quarta geração”, declarou o presidente Michel Temer.

Aceleradores de elétrons são equipamentos que geram luz síncrotron, de altíssimo brilho, capaz de analisar estruturas de diversos tipos de materiais, orgânicos e inorgânicos, como proteínas, vírus, rochas, plantas, ligas metálicas, em alta resolução. Esta tecnologia permite que feixes de elétrons sejam acelerados até atingir velocidade próxima à da luz, de 300 mil km por segundo.

De acordo com o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, o feixe de luz já circula em fase experimental. Na próxima semana, os cientistas ocuparão as suas salas nos laboratórios e instalações de pesquisa, que serão abertos às comunidades científica e industrial. Os trabalhos efetivos de pesquisa deverão iniciar no próximo ano, com a abertura das seis primeiras estações.

Orçado em R$ 1,8 bilhão, o projeto completo do Sirius abrange outras sete estações de pesquisa, denominadas “linhas de luz”, que devem começar a funcionar até 2021.

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