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Abrafac fala dos impactos que a pandemia deixará para facilities

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

De acordo com Thiago Santana setor deve se preparar para responder ao desafio de novos surtos infectocontagiosos que virão nos próximos anos, após a Covid-19. Investir em tecnologia da informação deve ser prioridade

22/06/2020 | 15:17 - Entre todos os tipos de empreendimentos, na pandemia, os hospitais são os que mais exigem dos gerentes de facilities. Por outro lado, aqueles que tiveram suas atividades paralisadas por cerca de três meses, como shopping centers, e que negligenciaram a manutenção básica de sua infraestrutura poderão arcar com custos mais elevados depois de reabertos. As informações são de Thiago Santana, presidente da Associação Brasileira de Facilities (Abrafac), em entrevista ao podcast do Portal AECweb.

“As unidades de saúde já possuem protocolos médicos e de operação, em infraestrutura e higienização, muito bons para doenças infectocontagiosas. A Covid-19, no entanto, exigiu o desenvolvimento de novos protocolos para criar uma rede de proteção mais abrangente, envolvendo, entre outras áreas, recepção, limpeza, manutenção e conservação. Foi uma verdadeira transformação no modo de gerenciar as instalações e o gestor de facilities teve que se adaptar muito rapidamente.

Para as empresas de facilities, se a pandemia trouxe o excesso de demanda pela área hospitalar, no outro extremo houve a redução de receitas de outros segmentos, como os shopping centers que paralisaram suas atividades e muitas indústrias, que reduziram sua produção. Com o retorno gradual à operação, mudam e continuarão mudando os cuidados a serem implementados pelos facilities para garantir proteção à saúde dos ocupantes, clientes e fornecedores.

“A Covid-19 abre a oportunidade para todos os setores se preparem melhor, como resposta a novos surtos, que acontecerão no futuro”, alerta Santana. Há uma longa jornada a percorrer na atual pandemia, e facilities terá que responder muito rapidamente e adequar sua infraestrutura de negócios para garantir segurança a todos os envolvidos no processo.

Aspecto importante constatado pela Abrafac é que, se os setores conhecessem previamente o tempo que ficariam inativos, poderiam aproveitar esse período para intervenções de conservação de seus edifícios. No entanto, a aparente economia de despesas com as providências não realizadas, custará caro, no momento da reabertura.

Santana aponta, também, a necessidade de as empresas investirem em infraestrutura de tecnologia, sistemas de dados e de redes. “Quem não se preparou, está sofrendo demais”, sublinha. Esse é o primeiro legado da pandemia. Outro, muito além de as empresas e gestores de facilities possuírem protocolos para problemas previsíveis, terão que ter na agenda a preparação de ações para surtos de doenças infectocontagiosas.

Leia também: O que são facilities e qual a sua importância?

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