A estimativa do nível de emprego pré-recessão é para 2020
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
Em 2015, foram fechados 1,5 milhão de postos de trabalho, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged)
10 de outubro de 2016 - O corte de vagas com carteira assinada no país em dois anos de recessão deve somar quase 3 milhões até dezembro de 2016 - perda que levará o dobro desse tempo para ser recuperada. Diante da expectativa de reação lenta da atividade, duas consultorias e uma instituição financeira ouvidas pelo Valor - LCA, Tendências e Bradesco - estimam que o nível de emprego formal no Brasil só voltará ao registrado em 2014, de 41,2 milhões, em 2020.
Em 2015, foram fechados 1,5 milhão de postos de trabalho, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Com outros 650 mil cortes registrados de janeiro a agosto, o país soma atualmente 39 milhões de vagas formais, volume inferior de dezembro de 2012 (39,6 milhões). Para o ano fechado, o saldo negativo sinalizado pelas projeções mais recentes é de 1,3 milhão.
No cenário do economista Fabio Romão, da LCA Consultores, serão gerados 355 mil novos empregos com carteira em 2017 e mais que o dobro no ano seguinte, 787 mil. Até 2020, serão 2,9 milhões de postos, que elevariam o nível de emprego a 40,6 milhões, semelhante ao de 2014. O número é um pouco diferente do dado oficial - 41,2 milhões de vagas em 2014 -, porque leva em conta a série sem ajuste do Caged, que contabiliza apenas os dados enviados ao Ministério do Trabalho dentro do prazo legal.

