

Os shafts visitáveis das tubulações hidráulica e elétrica, entre outras, vão ganhando espaço na construção civil, com o uso de elementos pré-fabricados de fechamento e, até mesmo, de kits completos. Essa evolução vai deixando no passado a obsoleta técnica de embutimento, que gera grandes volumes de resíduos na sua execução. Em eventuais obras de manutenção, essa prática exige quebras, perda de material e transtornos aos ocupantes do imóvel. Por suas muitas vantagens, os shafts estão presentes em obras de todos os segmentos.
Em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, o sistema hidráulico do condomínio UP 1300 – Palmares foi executado com shafts de poliestireno expandido (EPS). O produto escolhido pela Urben Construtora e Incorporadora foi o Painel de Fechamento com Kit Hidráulico PPR, produzido pelo Grupo Isorecort. Constituído por EPS em placas, microtela de nylon e argamassa cimentícia flexível, além do kit hidráulico embutido, foi desenvolvido sob projeto e chegou pronto no canteiro de obras.
“A execução dos shafts de EPS foi uma atividade tecnicamente simples que utilizamos para o fechamento do sistema hidráulico, num total de 128 unidades para as áreas de serviços e 160 instaladas nos banheiros”, conta o engenheiro Silvano Rodrigues, gerente de Suprimentos da Urben. O empreendimento, entregue em julho passado, é vinculado ao programa Minha Casa, Minha Vida. Tem apartamentos com três opções de plantas, inclusive com suíte, acabamentos de primeira linha, varanda gourmet e lavanderia compartilhada.
O sistema construtivo utilizado pela Urben foi estrutura de concreto armado, com alvenaria cerâmica de vedação. “Foi a primeira vez que adotamos shafts de EPS. A especificação foi motivada pela decisão de otimizar o tempo de execução da obra e, também, diminuir os resíduos para descarte”, explica o engenheiro, que comenta sua satisfação em trabalhar com o Grupo Isorecort: “Não tivemos qualquer problema com o fornecimento. Fomos atendidos no prazo, e a qualidade oferecida foi entregue”.
O engenheiro Sinomar Pereira Junior, gestor de Obras da Cesari Engenharia e Construção, revela que contou com o apoio técnico da área de vendas do Grupo Isorecort no momento da especificação e aquisição dos Painéis de Fechamento com Kit Hidráulico. “Fomos atendidos pelo vendedor da melhor maneira possível”, comenta. O produto foi empregado nos shafts dos banheiros e lavanderias do Residencial Marbella, em Barretos (SP), que terá suas obras finalizadas em fevereiro de 2020.
O edifício construído com bloco estrutural de concreto tem subsolo, térreo e mais oito pavimentos tipo, num total de 48 unidades, com plantas que vão de 64 a 67 m². “Nos 96 shafts, sendo 48 tipo “U” e o restante em “L”, estão hospedados os sistemas hidráulico e elétrico. As prumadas de elétrica foram isoladas com um tubo de PVC, no interior dos shafts”, explica, acrescentando que o diferencial desse projeto consistiu no uso de tubulações PEX para água fria e alpex para gás.
O Residencial Marbella foi a primeira obra em que a Cesari adotou os shafts de EPS. “Consideramos que essa é uma solução que propicia praticidade na instalação e ganho de tempo”, destaca Pereira Junior. A execução, como esperado, foi tarefa simples. Porém, ele alerta que é preciso cautela no momento de aprumar as peças. “Acreditamos que os shafts de poliestireno expandido vão facilitar, no futuro, eventual atividade de manutenção nas tubulações de elétrica e hidráulica”, conclui.
Em vídeo disponível no Youtube, o Grupo Isorecort explica o passo a passo da manutenção de sistema hidráulico em shaft de poliestireno expandido (EPS), instalado em parede revestida com azulejo. O Manual de Manutenção detalha as ferramentas necessárias para essa atividade: faca e lâmina de serra, martelo, ponteiro/talhadeira, serra mármore, canetão e lixa P80.
Em menos de três minutos, são mostrados os 11 passos. Tudo começa com a identificação do local da avaria na tubulação e marcação, com caneta, no azulejo que será cortado e removido junto com a massa aplicada anteriormente. As abraçadeiras devem ser cortadas, também, para facilitar a retirada da peça. Depois, é preciso cortar o EPS na forma de um quadrado de cerca de 30 x 30 cm, em volta do local da manutenção. A recomendação é para cortar em ângulo de 45°, para facilitar a montagem depois de feita a manutenção. A peça cortada é removida e, depois de feita a manutenção na tubulação, é aplicada espuma expansiva na peça de EPS – no centro e nas laterais –, para garantir a fixação do registro. O EPS é encaixado no mesmo local de onde foi retirado. O serviço é finalizado com a aplicação de argamassa ACIII no local do corte e no novo azulejo, rejuntando a seguir.
Para mais informações e detalhes técnicos, acesse www.isorecort.com.br
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Sinomar Pereira Junior – Formado em Engenharia de Controle e Automação, com Habilitação em Mecatrônica e com pós-graduação em Gestão Empresarial pela Universidade Paulista (UNIP). É Gestor de Obras na Cesari Engenharia e Construção, atuando no planejamento, análise crítica de projetos, operação de software de gestão Sienge, cronograma físico e financeiro, projetos complementares, gestão da obra, acompanhamento e verificação de procedimentos da qualidade.
Silvano Rodrigues – Gerente de Suprimentos da Urben.