

Tecnologias inovadoras quando lançadas são, muitas vezes, reduzidas a definições muito elementares que não traduzem sua complexidade e importância. É o caso do sistema construtivo em argamassa estrutural armada com núcleo de poliestireno expandido (EPS). Popularmente é conhecido como “casa de isopor”, mas para a engenharia, ele já é reconhecido e equiparado aos sistemas tradicionais, como alvenaria estrutural, concreto armado e aço.
“A base da estrutura é a argamassa estrutural armada que envolve o núcleo termoacústico em EPS”, define o engenheiro Denilson Rodrigues, consultor Técnico do Grupo Isorecort. Paradigma a ser rompido sobre o sistema é o entendimento leigo de que se tratam de construções frágeis. Ao contrário, a resistência dos painéis monolíticos se dá pela argamassa estrutural armada somada à geometria e correta disposição e montagem dos itens que compõe o sistema, além da densidade do poliestireno expandido. “A norma técnica que regula a produção do EPS estabelece uma classificação que vai do tipo 1 ao 8, ou seja, de 10 a 48 kg/m³ e cada um deles com características mecânicas distintas, para finalidades específicas”, ensina.
O sistema construtivo em EPS é uma estrutura pré-fabricada, ou seja, produzida off site em ambiente industrial controlado. “O Monopainel®, por exemplo, é pré-fabricado pelo Grupo Isorecort em suas instalações. Constituído pelo núcleo térmico em poliestireno expandido, agrega o elemento estrutural da tela metálica eletrosoldada, espaçadores e hastes de ligação. Esse conjunto chega ao canteiro de obras, onde os painéis modulares (de canto, reto ou curvo) são montados/instalados juntamente com os devidos reforços (de canto, de borda, de emenda, entre outros. E complementados com a projeção da argamassa estrutural”, explica, indicando que se trata de sistema que segue os passos da tão almejada construção 4.0.
O painel monolítico é autoportante, pois independe de vigas e colunas ou de qualquer outra estrutura auxiliar. “Exceto nos casos em que a arquitetura exige estrutura mista, utilizando alguma viga ou pilar para cargas isoladas”, ressalva. O comportamento autoportante se aplica a qualquer número de pavimentos, o que é definido pelo fabricante em laudo de ensaios que indica, entre outras características, a resistência do painel em relação ao volume de toneladas de carga por metro linear.
“A não apresentação dos laudos de ensaio pelo fabricante demonstra que ele não tem controle sobre o que se está produzindo, assim como a falta de conhecimento técnico sobre o sistema e suas peculiaridades. Daí a importância de exigir os laudos dos ensaios para identificar a resistência do material para a obra em questão. O Grupo Isorecort oferece ao comprador todos os laudos de ensaio do Monopainel®”, informa Rodrigues, lembrando que os ensaios do produto respondem, inclusive, aos requisitos da norma de Desempenho ABNT NBR 15757 relativos à compressão, impacto de corpo mole e de corpo duro, cargas suspensas e de cargas de incêndio, entre outros.
“Portanto, não estamos falando de ‘casa de isopor’ ou de ‘casa de EPS’, mas de um sistema completo e com embasamento técnico”, complementa e acrescenta: “Quando a engenharia passa a entender tecnicamente a essência do sistema fica notório que a distribuição de cargas e a resistência são muito grandes. Similares ou até mesmo superiores às dos sistemas em argamassa estrutural, concreto ou metálica”, frisa.
Ele explica que as estruturas em concreto ou metálica trabalham com cargas concentradas em pontos distintos. Já o sistema em painel monolítico em EPS, assim como a alvenaria estrutural, têm a vantagem de atuar com cargas linearmente distribuídas, o que inclui as fundações, que são preparadas para receber as cargas. “O que é mais eficiente, resultando em uma estrutura final mais equilibrada, integralmente estruturada, sem pontos fracos”, reforça.
Vantagem importante do Monopainel® é a facilidade que o sistema oferece de futuras intervenções, como a abertura de vãos para janelas e portas. “Qualquer alteração arquitetônica que o usuário pretenda fazer na edificação, no futuro, é totalmente possível. Por não concentrar cargas em pontos específicos, o sistema facilita essas alterações, ao contrário do que ocorre com a obra em concreto, quando se pretende criar um vão em um ponto onde exista a interferência de pilares ou vigas”, assegura Rodrigues.
A explicação é simples: mediante a abertura de um novo vão, a tendência do painel é redistribuir as cargas, sem necessidade de grandes reforços em pontos específicos ou na fundação. “Mas, assim como em qualquer outro sistema construtivo, toda e qualquer intervenção deve ser feita sob orientação de profissional habilitado e dentro das boas técnicas”, conclui.
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Para mais informações e detalhes técnicos, acesse www.isorecort.com.br.

Denilson Rodrigues – Engenheiro Civil formado pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atua com projetos estruturais e acumula grande experiência com obras de concreto armado, elementos pré-fabricados, painéis e cortinas de contenção, além de estudos na área de desenvolvimento de novos sistemas, com ênfase em termoisolantes (principalmente Poliestireno/EPS e Poliuretano/PUR/PIR). É responsável pela área de engenharia e de desenvolvimento técnico do Grupo Isorecort.