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SOLUÇÕES EM EPS

Galpão industrial é fechado com mix de pré-moldado e Monopainel®

As três unidades modulares do galpão foram projetadas com painéis pré-fabricados de concreto. No entanto, a diretriz mudou na execução do segundo galpão, que optou pelo sistema em poliestireno expandido (EPS)

Redação AECweb/e-Construmarket

Galpão industrial é fechado com mix de pré-moldado e Monopainel®Galpão industrial é fechado com mix de pré-moldado e Monopainel®
Sistema monolítico em EPS foi executado depois de concluída a estrutura do prédio (Foto: divulgação/ Grupo Isorecort)

Um complexo de galpões industriais, em construção em São Bernardo do Campo (SP), constituído por três unidades modulares, empregou, de maneira inédita, um sistema misto de fechamento das paredes. O segundo galpão logístico usou painéis monolíticos de EPS (poliestireno expandido) Monopainel®, fornecidos pelo Grupo Isorecort, com estrutura em pré-moldado de concreto. O galpão tem 4,8 mil m² de área construída e, como os demais, foi projetado com fechamento em placas de pré-moldado. Porém, o alto custo desse sistema construtivo, abrangendo material e necessária mecanização para sua execução, levou os proprietários a optarem pela solução em EPS.

“O Monopainel® foi a solução ideal para responder a exigência orçamentária da obra. Por sua leveza, os painéis são erguidos e instalados manualmente, dispensando o uso de equipamentos mecânicos, além de terem custo unitário inferior ao do pré-moldado”, diz o engenheiro Denilson Rodrigues, consultor Técnico do Grupo Isorecort, responsável também pela Assinatura de Responsabilidade Técnica (ART) do sistema. Ele estima que o custo total chega a ser 50% inferior ao do pré-moldado de concreto.

"Por sua leveza, os painéis são erguidos e instalados manualmente, dispensando o uso de equipamentos mecânicos, além de terem custo unitário inferior ao do pré-moldado", Denilson Rodrigues

O sistema monolítico em EPS foi executado depois de concluída a estrutura do prédio – pilares, vigas e laje –, num total de 1641 m². O Monopainel® fechou os 4 m de altura do mezanino da área administrativa e a parte inferior da parede de fundos do galpão logístico, com 5 m de altura. A especificação recaiu sobre o EPS 2F, com densidade mínima de 12 kg/m³, para obtenção de bom isolamento térmico nas paredes.

Foto: Divulgação/ Grupo Isorecort

Rodrigues explica que os painéis de concreto já estavam instalados na metade superior de uma das paredes do galpão, quando foi feita a escolha pela continuidade do fechamento com Monopainel®. A decisão de dar unidade visual à parede inviabilizou a opção pela alvenaria convencional, já que sua espessura é de 14 cm contra os 12 cm do pré-moldado executado.

“Para essa obra, o Grupo Isorecort produziu painéis de 6 cm de núcleo de EPS que recebeu uma capa de argamassa de 3 cm de cada lado, resultando na mesma espessura dos painéis que estavam lá. Com isso, obtivemos o resultado estético desejado”, explica o consultor, lembrando que a espessura padrão do Monopainel® é de 8 cm de EPS mais 3 cm de argamassa em cada face. Porém, é possível para o Grupo Isorecort fabricar painéis com espessuras maiores ou menores, como já foi feito para paredes contíguas de conjunto de sobrados. No caso, foram utilizados painéis com espessura total de 19 cm (3+13+3), para assegurar isolamento acústico superior ao da alvenaria, além de melhor desempenho estrutural e térmico.

Execução

Os painéis de concreto estão ancorados diretamente nos pilares, trabalhando separadamente das peças de Monopainel®. “Para a execução dessa espécie de ‘janela’ deixada abaixo dos pré-moldados, fixamos as peças monolíticas de EPS nos pilares e no radier que já estavam prontos”, conta Rodrigues. Para tanto, foram utilizados perfis de tela soldada de aço do tipo ‘U’ tanto no radier quanto nos pilares, fixados com clip, através de pistola finca pino.

Foto: Divulgação/ Grupo Isorecort

Esse recurso evitou a realização de furos no concreto de alta resistência do radier, para a colocação dos arranques metálicos, reduzindo o tempo de execução. “Com um único tiro, a cada 30 cm, se consegue rapidamente fazer a fixação”, complementa, lembrando que o finca pino também pode ser usado em estrutura metálica. Os painéis foram posteriormente acoplados ao perfil “U”, amarrados com arame recozido. A etapa final de execução foi padrão, ou seja, os painéis receberam argamassa cimentícia aditivada, que foi desempenada e finalizada com resina e endurecedor de superfície, de modo a tornar a aparência final do produto semelhante à do pré-moldado de concreto.

“O próximo galpão deverá ser fechado exclusivamente com Monopainel®, que receberá frisos horizontais, aproximando-se ainda mais da aparência dos pré-moldados, mantendo a mesma velocidade de execução, mas com custo muito menor”, antecipa. Rodrigues ressalta que, dependendo do tamanho do vão – a partir de 3 m de altura e de 5 ou 6 m na largura do painel de EPS –, torna-se necessária a execução de estruturas auxiliares.

"O próximo galpão deverá ser fechado exclusivamente com Monopainel®, que receberá frisos horizontais, aproximando-se ainda mais da aparência dos pré-moldados, mantendo a mesma velocidade de execução, mas com custo muito menor", Denilson Rodrigues

Na obra da parede do galpão logístico e do mezanino, o reforço veio dos pilaretes: a cada 4 m foram criados espaços de 10 cm para a colocação da treliça entre um painel e outro, que depois eram cobertas com tela de aço e concreto, formando pilaretes. Para a execução do Monopainel® em alturas maiores, também se emprega a treliça, que cumpre o papel de cinta de amarração no sentido horizontal. “As estruturas auxiliares ajudam a enrijecer e travar os painéis, de maneira que vão resistir à pressão lateral dos ventos – fenômeno comum e que exige cuidados quando se constrói galpões”, lembra o consultor.

Para mais informações e detalhes técnicos, acesse www.isorecort.com.br ou monopainel.com.br

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Colaboração Técnica

entrevistado-alex-alves

Denilson Rodrigues – Engenheiro Civil formado pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atua como Calculista em projetos estruturais em concreto armado. É responsável pela área de engenharia e de desenvolvimento técnico do Grupo Isorecort.