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SOLUÇÕES EM EPS

Conheça as vantagens do concreto leve com pérolas de EPS

O material exige estruturas menos robustas, reduzindo o custo desses elementos. E, ainda, proporciona conforto térmico às edificações

Hosana Pedroso

Conheça as vantagens do concreto leve com pérolas de EPSConheça as vantagens do concreto leve com pérolas de EPS
O concreto leve com inserção de pérolas de EPS pode alterar significativamente as propriedades térmicas do concreto por um custo reduzido (Foto: divulgação/ Grupo Isorecort)

O desempenho térmico dos edifícios está intimamente ligado à adequação de seu projeto às particularidades de seu uso e ao clima local. “Conhecendo esses parâmetros, é possível utilizar técnicas construtivas para ‘filtrar’ quais elementos do clima são mais interessantes, maximizando seu efeito no ambiente interno ao mesmo tempo em que se minimizam os impactos e características menos desejáveis”, afirma o engenheiro e pós-doutor em arquitetura, Victor Roriz, consultor em Desempenho Térmico e Lumínico na Roriz Engenharia Bioclimática.

Entre as técnicas bioclimáticas está o concreto leve com inserção de pérolas de poliestireno expandido (EPS), que pode alterar significativamente as propriedades térmicas do concreto, por um custo reduzido. A solução, combinada com os tipos de janelas e vidros e o uso de sombreamento por elementos externos à fachada, é o caminho para alcançar o conforto térmico. “Um poderoso aliado neste conjunto de alternativas são as simulações termoenergéticas, que nos permitem visualizar, não só os resultados de desempenho destas construções em cada opção testada, como também os elementos de maior influência e toda a dinâmica de interação entre esses elementos”, ressalta Roriz.

Concreto leve com EPS

No concreto convencional, os agregados apresentam baixíssima porosidade e sua extração pode levar a grande impacto ambiental. “Como o próprio nome indica, o concreto leve apresenta uma redução da massa específica, quando comparado ao concreto convencional”, diz. Essa condição resulta na diminuição da massa total da estrutura e na alteração das propriedades térmicas e acústicas do material, mantendo considerável resistência mecânica.

Como o próprio nome indica, o concreto leve apresenta uma redução da massa específica, quando comparado ao concreto convencional, Victor Roriz

Vantagem importante do concreto leve com pérolas de EPS é a economia no dimensionamento estrutural, nos pilares e no consumo de aço, e nas fundações, entre outros elementos construtivos, com a consequente redução nos custos totais da construção. Em sistema pré-moldado, existem ainda diferenças significativas relacionadas a custos de manuseio e transporte.

“No aspecto térmico, é possível obter diferentes comportamentos do produto pela alteração da densidade. Existem ainda vantagens como o menor desgaste de fôrmas, facilidade de adensamento e homogeneidade da mistura. E, pela natureza de células fechadas e inertes das pérolas, o EPS no concreto pode reduzir a permeabilidade e aumentar a resistência a ataques químicos”, explica o engenheiro.

Economia com ar-condicionado

O concreto com EPS permite a obtenção de produtos com peso específico 50% menor que o concreto convencional, podendo apresentar uma condutividade bastante inferior. Mas, não apenas a capacidade de conduzir calor através dos elementos é alterada com a adoção de sistemas mais leves. “Os elementos construtivos retêm calor internamente, processo conhecido como inércia térmica. Os mais massivos têm alta inércia térmica, ou seja, precisam de muita energia para alterar sua temperatura”, destaca.

Os elementos construtivos retêm calor internamente, processo conhecido como inércia térmica. Os mais massivos têm alta inércia térmica, ou seja, precisam de muita energia para alterar sua temperatura, Victor Roriz

A mudança para sistemas mais leves pode alterar o calor armazenado na construção e, assim, a quantidade de energia que um condicionador de ar precisa tirar do ambiente para atingir a temperatura desejada. “Por outro lado, no momento que o sistema de condicionamento é desligado, mais rapidamente a temperatura do ar interno subirá. Isso muda a forma indicada para uso do ar-condicionado e o consumo final de energia”, complementa Roriz.

Para mais informações e detalhes técnicos, acesse www.isorecort.com.br

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Colaboração Técnica

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Victor F. Roriz – É Engenheiro Mecânico pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), mestre em Construção Civil pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), doutor em Engenharia Civil pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), pós-doutor pelo Instituto de Arquitetura e Urbanismo de São Carlos (IAU-USP) e iniciou segunda graduação em Arquitetura e Urbanismo no Centro Universitário Central Paulista (UNICEP.) Atualmente é consultor em Desempenho Térmico e Lumínico pela Roriz Engenharia Bioclimática, pós-doutorando e professor colaborador no Instituto de Arquitetura e Urbanismo de São Carlos (IAU-USP) e integrante do grupo técnico da comissão de estudos de revisão da Norma de Desempenho – NBR 15575 – da ABNT.