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SOLUÇÕES EM EPS

Casa de alto padrão construída com EPS

Na obra desta residência de alto padrão, o EPS, produto popularmente conhecido como “isopor”, foi empregado no aterro, paredes, molduras e lajotas da laje pré-fabricada, alcançando ótimo isolamento térmico, entre outros benefícios

Hosana Pedroso

Casa de alto padrão construída com EPSCasa de alto padrão construída com EPS
O EPS foi empregado em diferentes situações (Foto: Divulgação/Grupo Isorecort)

Durante as obras, e mesmo depois de ocupada pelos proprietários, a residência de 282 m² localizada em um condomínio em Varginha (MG) sempre atraiu a atenção de arquitetos e engenheiros. Em seus processos construtivos, o projeto embarca o poliestireno expandido (EPS) em usos diversos, desde o aterro até paredes, molduras e lajotas da laje treliçada. “Nossa casa se tornou ponto de visitação, inclusive de grupos de estudantes de engenharia interessados na novidade. Um verdadeiro showroom do material”, comenta a proprietária Vanessa Emídio.

Nossa casa se tornou ponto de visitação, inclusive de grupos de estudantes de engenharia interessados na novidade. Um verdadeiro showroom do material, Vanessa Emídio

Depois de conhecer tecnicamente o material e todas as suas possibilidades, os profissionais passam a confiar e a especificar em seus projetos. Foi o caso da arquiteta Patrícia Lima, do escritório homônimo. “Eu desconhecia o material, mas fiquei encantada e já o apresento como solução para meus clientes”, relata.

Uso do EPS

O poliestireno expandido entrou na obra ainda na etapa de aterro do terreno em aclive, com muro de arrimo em alvenaria convencional. “Para a necessária elevação do terreno, foram instaladas placas de poliestireno expandido (EPS), formando um ‘colchão’ de 40 cm de altura, coberto com manta de polietileno, tela soldada (em aço) e finalizado com a concretagem do radier”, explica o engenheiro Denilson Rodrigues, consultor Técnico do Grupo Isorecort, responsável pelo cálculo estrutural da obra.

A solução, que pode ser utilizada em qualquer tipo de fundação, permitiu alcançar a cota estabelecida em projeto, com qualidade superior se comparada ao procedimento convencional e redução do tempo de execução da base por dispensar a etapa da compactação. No aterro, foram empregadas placas do tipo 3 F, densidade equivalente a 15 kg/m³, num total de 20 m³.

Além de substituir as técnicas convencionais, que incluem a compactação do solo, o EPS promoveu o isolamento térmico da fundação tipo radier. “O material forma uma barreira térmica contra o frio e a umidade que irradiam do solo para o contrapiso, principalmente no inverno”, comenta o engenheiro, lembrando que se fosse apenas para cumprir a função de isolamento térmico do piso, a espessura da placa de EPS poderia ter entre 10 e 15 cm.

Esse tipo de uso é comum em países frios, em que o solo e o lençol freático chegam a congelar no inverno. No Brasil, a solução é pouco conhecida, exceto no sul e sudeste, onde está presente em diversas obras de aterro. “Construções que aliamas fundações, paredes e lajes em EPS criam uma barreira térmica perfeita”, destaca Rodrigues.

Morando na casa há um ano e meio, Vanessa Emídio comprova que o conforto térmico é perceptível em todos os ambientes. “É nítida a diferença de temperatura para quem entra na casa. No verão, é muito mais fresca. Já no inverno o conforto é ainda maior, por conta da proteção que o EPS propicia contra o frio e a umidade do solo, e as baixas temperaturas do exterior, através das paredes e da laje”, comenta a proprietária.

EPS nas paredes, laje e molduras

Nas áreas sociais, a residência térrea foi projetada com pé-direito duplo e, na demais, com altura convencional, com paredes integralmente executadas com painéis monolíticos em EPS, o Monopainel® produzido pelo Grupo Isorecort. Os painéis têm núcleo em poliestireno expandido de 8 cm nos ambientes com pé-direito de 3,00 m. Já nos ambientes com pé-direito de 4,90 m foram empregados painéis com 13 cm, por conta da correlação com o comprimento de flambagem. Todos cobertos em cada face por malhas de aço galvanizado eletrossoldadas. Depois de instalados, os painéis receberam camada de argamassa estrutural de 3 cm em cada lado, resultando em espessura final de 14 cm para o núcleo de EPS de 8cm e de 19 cm para o núcleo de EPS de 13 cm.

As paredes receberam diversos tipos de acabamentos, desde massa acrílica até porcelanato e molduras em EPS na fachada. “O Monopainel® pode ser finalizado com qualquer tipo de acabamento”, destaca Rodrigues. A elevada resistência do sistema permitiu a fixação de armários embutidos em vários ambientes, painéis decorativos de madeira no living e fitas LED na cozinha. “Com a facilidade adicional de furações seguras feitas no EPS maciço, sem perda de furo ou de parafusos e buchas, como ocorre nos vazios dos blocos de concreto da alvenaria convencional”, destaca a proprietária, contando que os marceneiros aprovaram o material, que se comportou com perfeição e não exigiu retrabalho.

O Monopainel® pode ser finalizado com qualquer tipo de acabamento, Denilson Rodrigues

O sistema foi empregado, também, nos altos muros de fechamento da residência, que ganham em segurança quando comparados aos construídos em alvenaria. “Na tentativa de arrombar o muro feito com painel monolítico em EPS, o invasor teria que ter uma fonte de energia para ligar uma serra elétrica e cortar, além da argamassa, a malha de aço – o que seria uma tarefa quase impossível”, diz Vanessa Emídio.

A obra foi coberta com laje pré-fabricada treliçada que, ao invés das tradicionais lajotas cerâmicas, utilizou lajotas de EPS. Solução amplamente absorvida pela construção civil, apresenta vantagens como a economia de aço, concreto e madeira; transporte e manuseio sem quebra; fácil içamento e montagem. Soma-se, ainda, a leveza do material que resulta na redução da carga estrutural sobre as fundações.

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Para mais informações e detalhes técnicos, acesse www.isorecort.com.br.

Colaboração Técnica

entrevistado-alex-alves

Denilson Rodrigues – Engenheiro Civil formado pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atua com projetos estruturais e acumula grande experiência com obras de concreto armado, elementos pré-fabricados, painéis e cortinas de contenção, além de estudos na área de desenvolvimento de novos sistemas, com ênfase em termoisolantes (principalmente Poliestireno/EPS e Poliuretano/PUR/PIR). É responsável pela área de engenharia e de desenvolvimento técnico do Grupo Isorecort.