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SOLUÇÕES EM EPS

Placas de EPS compõem o sistema EIFS para isolamento térmico

A capacidade do poliestireno expandido de funcionar como barreira térmica, criando conforto no interior das edificações, é potencializada ao compor o sistema aplicado na face externa ou interna

Hosana Pedroso

Placas de EPS compõem o sistema EIFS para isolamento térmicoPlacas de EPS compõem o sistema EIFS para isolamento térmico
Pode ser utilizado em qualquer tipo de superfície como paredes de alvenaria, concreto, sistemas pré-fabricados, entre outros (Foto: Radovan1/ Shutterstock)

Placas de poliestireno expandido (EPS) podem ser usadas no revestimento interno ou externo de paredes, sempre com o objetivo de promover o isolamento térmico dos ambientes. Quando instaladas na face externa da edificação, se tem um sistema completo, denominado EIFS* (Exterior Insulation Finish Systems), que cria uma barreira térmica, evitando a troca de calor. “É como se o prédio fosse colocado dentro de uma caixa de isopor, proporcionando elevado isolamento térmico, tanto para o frio quanto para o calor”, compara o engenheiro Denilson Rodrigues, consultor Técnico do Grupo Isorecort.

É como se o prédio fosse colocado dentro de uma caixa de isopor, proporcionando elevado isolamento térmico, tanto para o frio quanto para o calor, Denilson Rodrigues

O sistema é indicado, principalmente, para aplicação em edifícios existentes, melhorando suas características termoacústicas. “Ele pode ser utilizado em qualquer tipo de superfície: paredes de alvenaria, concreto (revestido ou não), sistemas pré-fabricados, divisórias leves de madeira ou metal, fibrocimento, placas de gesso para exterior, entre outras”, expõe. Trata-se de um sistema leve que praticamente não adiciona mais peso à superfície, por ser composto basicamente de EPS.

De uso comum em regiões de baixas temperaturas, como nos países europeus, tem a função de combater as altas temperaturas nas edificações no Brasil. “Basicamente, o sistema é constituído pela placa de EPS ligada mecanicamente com argamassa cimentícia colante (tipo AC-III) à alvenaria. Depois, ela é revestida com uma tela de nylon e finalizada com outra camada de argamassa cimentícia, elementos que vão impedir patologias como fissuração por dilatação, por exemplo”, explica, acrescentando que o sistema poderá receber qualquer tipo de revestimento, desde pintura, gesso e textura até revestimentos cerâmicos.

É preciso adotar providências complementares no caso de o revestimento preexistente não apresentar aderência suficiente à colagem, ou em alturas superioras a 10 m, devido às condições de exposição e ação dos ventos (sucção por pressão negativa). A recomendação é utilizar, também, fixação mecânica através de buchas com prego de expansão (entre 6 e 8 unidades/m²), com comprimento 3 cm superior à espessura do EPS.

A densidade dos painéis de poliestireno expandido e a espessura do sistema são definidos pelo local de aplicação e de acordo com a redução de temperatura desejada para os ambientes da edificação. A espessura varia de 25 até 150/200 mm. No entanto, para regiões tropicais como o Brasil, a mais utilizada está entre 50 e 100mm, enquanto as espessuras mais elevadas são normalmente utilizadas em países com invernos rigorosos. “A propriedade do sistema é similar à de uma caixa térmica usada para alimentos, que tanto pode mantê-los quentes quanto frios”, diz Rodrigues.

Portanto, o sistema EIFS evita a troca térmica entre os ambientes interno e o externo, isola o interior da edificação e, consequentemente, otimiza ou até pode dispensar o uso do ar-condicionado no verão e do aquecedor no inverno. É possível empregar o sistema em toda a edificação ou apenas em determinados setores ou fachadas. Além do conforto térmico, há os ganhos com a conta de energia elétrica e a contribuição do usuário com a sustentabilidade, ao consumir menos recursos naturais.

“No Brasil, o sistema ainda é pouco conhecido e utilizado pelos profissionais de arquitetura e engenharia”, comenta. No entanto, no exterior, onde há grande atenção ao isolamento térmico, o emprego dos painéis de EPS é trivial, de baixo custo e fácil comprovação de resultados.

EPS nas paredes internas

A instalação dos painéis de EPS nas paredes internas também é feita com argamassa colante do tipo AC III (mais flexível). Sua principal função é isolar termicamente determinados ambientes ou cômodos de um imóvel. Por exemplo, um dormitório em uma residência ou sala de T.I. em uma empresa, onde a manutenção e o controle da temperatura do ambiente são essenciais.

“Com o isolamento térmico interno das alvenarias, vigas e pilares, eliminamos as pontes térmicas (condutores de calor). Quando isolamos termicamente um ambiente, reduzimos a probabilidade do aparecimento de fungos e bolor, por condensação, no seu interior”, destaca.

Tanto a fixação das placas de EPS, na face interna das edificações, quanto o seu revestimento, são idênticos à metodologia aplicada na face externa. Deverá ser prevista a impermeabilização ou utilização de revestimento impermeável, na face externa da alvenaria revestida internamente, de modo a evitar a umidade. Havendo a necessidade de fixação de objetos na parede, deverão ser utilizados acessórios e ferramentas próprias para tal.

*Os sistemas EIFS são também conhecidos como SATE (Sistema de Aislación Térmica Exterior, Sistema de Isolamento Térmico Externo), EWIS (External Wall Insulation System, Sistema Externo de Isolamento de Parede), ETICS (External Wall Insulation Composite System, Sistema Composto de Isolamento de Parede Externo), CI (Isolamento Contínuo), WDVS (Wärmedämmverbund System) ou Thermohaut ("Pele Térmica").

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Para mais informações e detalhes técnicos, acesse www.isorecort.com.br 

Colaboração Técnica

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Denilson Rodrigues – Engenheiro Civil formado pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atua como Calculista em projetos estruturais em concreto armado. É responsável pela área de engenharia e de desenvolvimento técnico do Grupo Isorecort.