

Uma das mais importantes obras de infraestrutura da região metropolitana de São Paulo, o Rodoanel, quando finalizado, irá retirar das marginais Tietê e Pinheiros 18 mil caminhões diariamente. Falta apenas o trecho Norte ser inaugurado para completar o anel viário que circundará a capital paulista e interligará os acessos de 10 rodovias federais e estaduais. Com 84% dos trabalhos concluídos, a entrega foi recentemente adiada para 2019, sendo que as atividades tiveram início em 2013.
Do total de 176,5 km de extensão do Rodoanel, o trecho Norte terá 44 km, além de um ramal de ligação com o Aeroporto Internacional de Guarulhos, com 3,6 km. Como as obras acontecem em regiões altamente urbanizadas ou próximas a áreas de proteção ambiental, os projetistas tiveram que especificar túneis, pontes e viadutos para completar o traçado, causando o menor impacto possível.
Especificamente no Lote 6, localizado entre Guarulhos e Arujá, os pilares dos viadutos foram preenchidos com EPS de alta densidade, também conhecido como geofoam. “Os pilares utilizados eram ocos e, quando montados, apresentariam medidas que restringiriam muito os espaços internos. A utilização do EPS possibilitou a execução de maneira autoestruturada e com acesso externo”, explica o engenheiro Daniel Florence, gerente de produção da Acciona na obra do Rodoanel Norte. O Lote 6 do anel viário conta com 23 obras de arte especiais, entre pontes e viadutos, resultando em um volume de 33 mil m, e extensão de 15,3 km.
Segundo o profissional, o EPS foi capaz de atender todas as necessidades da obra. “Para a execução desses pilares preenchidos com EPS, após a montagem da armadura, a estrutura recebeu pastilhas de cobrimento. Na sequência, o EPS foi posicionado in loco como fôrma interna devido à altura do pilar e, após isso, montada a fôrma externa tradicional”, explica. O EPS utilizado na obra é do tipo 3F com densidade mínima 13 kg/m3. A solução foi empregada, principalmente, em locais de difícil acesso, onde as opções tradicionais (fôrmas de madeira ou metálicas) eram menos competitivas.
Entre as principais vantagens oferecidas pelo EPS, destacaram-se a possibilidade de montagem em pilares com qualquer medida, possibilitando a união de duas ou mais partes (módulos) para chegar ao nível desejado. “Além disso, as diferentes durezas do EPS também permitem executar concretagens em paredes com diversas alturas e espessuras”, ressalta Florence. O material proporcionou ainda mais agilidade à obra e redução na quantidade de resíduos gerados.
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Daniel Florence – Graduado em Engenharia Civil pela Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), é gerente de produção da Acciona na obra do Rodoanel Norte, em São Paulo. Na construtora desde 2016, é responsável pela produção do Lote 6. Já trabalhou no Grupo Camargo Corrêa, no Consórcio Construtor da Hidrelétrica de Irapé (MG) e na Hochtief do Brasil.