

O clima da Terra passa por transformações preocupantes. Segundo dados da Organização Meteorológica Mundial (OMM), os 20 anos mais quentes da história foram registrados nos últimos 22 anos, sendo que os quatro primeiros lugares são ocupados pelo período entre 2015 e 2018. Se o ritmo de aquecimento for mantido, a expectativa é que ocorra aumento de até 3 °C na temperatura média do planeta até 2050.
O número é elevado e concretizará um cenário ficcional, com derretimento das geleiras, tempestades cada vez mais intensas e frequentes, desaparecimento de espécies, ameaça à sobrevivência do ser humano e comprometimento do PIB dos países, entre outras consequências. De acordo com pesquisas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, do inglês), governos e cidadãos devem fazer sua parte para evitar as severas mudanças no clima.
Isolamento térmico e redução do consumo energético
Entre as recomendações do IPCC está o aprimoramento do isolamento térmico das casas. Para cumprir essa função, um dos materiais mais indicados é o poliestireno expandido (EPS). Quando especificado para melhorar o conforto do ambiente interno, ele é capaz de poupar até 200 vezes a quantidade de energia necessária para produzir o material — dados apresentados em levantamento da EPS Molders Association, entidade norte-americana do setor.
A relevância de se investir no isolamento térmico é corroborada por informações do Departamento de Energia dos Estados Unidos, que indica que, no país, entre 50 e 70% do consumo energético residencial está diretamente relacionado ao controle de temperatura. A presença do EPS nos imóveis reduziria substancialmente essa porcentagem, já que o material tem ótimo desempenho na tarefa de manter o ambiente interno agradável.

Além da redução nos valores da conta de luz, o uso do EPS contribui para amenizar os efeitos do aquecimento global. Afinal, no mundo, a principal fonte para geração de energia elétrica é a queima do carvão, que emite CO2 na atmosfera. Ao reduzir o consumo de energia dentro de casa, a pessoa está sendo diretamente responsável pela diminuição na quantidade de gases poluentes existentes no meio ambiente.
Em países mais quentes, como o Brasil, a correta especificação do EPS, em conjunto com outras soluções, pode até mesmo eliminar a necessidade do ar-condicionado. Essa é outra característica interessante no combate ao aquecimento global, já que os condicionadores de ar liberam gases hidrofluorocarbonetos (HCFC), elemento com elevado poder de destruição da camada de ozônio e, portanto, impactante no aquecimento global.

Fabricação limpa
No seu processo de produção, o poliestireno expandido se revela, novamente, como aliado contra o aquecimento global, pois demanda pouca energia, e a geração de resíduos, tanto líquidos quanto sólidos, é praticamente inexistente. Sua principal matéria-prima é o ar, fonte limpa, renovável e responsável pela composição de 98% do material.

No passado, o EPS chegou a ser classificado como inimigo do meio ambiente, devido ao fato de algumas indústrias utilizarem o gás clorofluorcarbono (CFC) em sua fabricação – composto que danifica a camada de ozônio, em direta relação com o aquecimento global. O uso do CFC foi proibido em diversos países, e a iniciativa já trouxe bons resultados, de acordo com pesquisa publicada pela revista Nature Geoscience.

Segundo o estudo elaborado por cientistas da Universidade Nacional Autonôma do México e do Instituto para Estudos Ambientais da Universidade de Vrije, na Holanda, a proibição está vinculada com uma desaceleração no ritmo do aumento das temperaturas. Isso porque o CFC é 10 mil vezes mais poderoso do que o CO2 e sua presença na atmosfera terrestre pode durar até 100 anos.
Atualmente, a indústria do EPS usa o pentano para expandir o poliestireno. O gás é um hidrocarboneto que se deteriora de maneira bastante rápida pela reação fotoquímica gerada pelos raios solares. E sem causar nenhum tipo de dano, tanto ao meio ambiente quanto ao ser humano.

Transporte
O EPS é material extremamente leve, característica que torna o seu transporte bastante simples quando comparado ao de outros materiais. A logística, mesmo para grandes obras, pode ser feita em veículos de menor porte ou, ainda, em carretas, porém, com menor número de viagens. Com isso, o transporte do produto evita a emissão de altos níveis de CO2.
O estudo da EPS Molders Association comparou a construção de duas casas unifamiliares, uma com materiais tradicionais e outra que tinha o poliestireno expandido em sua composição. Somente em relação ao transporte, a execução do imóvel com EPS evitou que cerca de 10 kg de CO2 fossem lançados na atmosfera.
Pós-consumo
A decomposição do lixo gera alguns gases que também colaboram para o aquecimento global, como o metano e o etileno. No entanto, quando o EPS é erroneamente descartado na natureza, não produz esse tipo de substância. Isso porque o poliestireno expandido é completamente inerte, ou seja, não sofre alterações físicas, químicas ou biológicas. Por isso, mesmo quando levado para aterros, o material não libera gases nocivos.
A gravidade dos problemas causados pelo metano foi comprovada por um estudo da Universidade de Reading, no Reino Unido, que mostra que esse tipo de gás contribui 25% mais para o aquecimento global do que sugerem as estimativas mais recentes do IPCC. Ele é responsável por aquecer áreas mais próximas da superfície terrestre, configurando o efeito estufa.
Apesar de não contaminar o meio ambiente, corpos d’água ou lençóis freáticos, o EPS deve ser encaminhado para a reciclagem quando chega ao final de sua vida útil. Totalmente reutilizável, o material reciclado evita o consumo desnecessário de recursos naturais. É empregado pela indústria fabricante de poliestireno expandido na produção de novos blocos. E pelas empresas de transformação em produtos como calçados e réguas escolares, confecção de molduras, rodapés e do concreto leve.
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